Olá investidor, neste artigo vamos tratar sobre um assunto que é tão ou mais importante do que saber conta de aritmética básica para os investimentos, que são as finanças comportamentais.

Por volta dos anos de 1970 e 1980 surgiu a disciplina chamada “economia comportamental”. Em contraponto à teoria da econômica tradicional que é caracterizada pela ideia de que o “homo economicus” é marcado por sua racionalidade na tomada de decisões. A economia comportamental ensina que as pessoas com frequência tomam decisões com base em suas emoções e intuições. Suas escolhas sofrem influência da maneira como as opções são colocadas e os mercados são afetados por comportamentos de manada e consensos prematuros. 

No seu livro best-seller “Rápido e Devagar: duas formas de pensar” Daniel Kahneman relata pesquisas e descobertas com seu parceiro Tversky, evidenciando que as pessoas muitas vezes tomam decisões com base em “heurísticas” e “vieses cognitivos” passíveis de erros que podem comprometer nosso juízo na tomada de decisões.

Isso se opõe à teoria econômica tradicional, que prega que os indivíduos analisam racionalmente a relação custo-benefício das coisas para decidir. 

Portanto, temos na concepção tradicional de finanças, as seguintes características dos investidores:

Já na concepção de finanças comportamentais, temos as seguintes características dos investidores:

O foco das finanças modernas está voltado para os resultados do mercado, como o preço dos ativos. Por sua vez, o foco das finanças comportamentais são justamente os atores que tomam decisões constantemente, cujas consequências serão refletidas justamente nos preços dos ativos.

Algumas das heurísticas e vieses comportamentais são: ancoragem, representatividade, framing (enquadramento), excesso de confiança, aversão à perda, status quo, ilusão de controle, armadilha de confirmação, teoria da perspectiva, conservadorismo, hindsight (retrospectiva), arrependimento, autocontrole.  

Portanto, diante da proposta da economia comportamental, a grande questão para ser um investidor de sucesso, passa por saber vencer as armadilhas das heurísticas e vieses cognitivos. 

Antes de investir, você deve se certificar de que avaliou, de forma realista, suas probabilidades de estar certo e como você reagirá às consequências de estar errado. Vale a pena frisar a necessidade de se buscar conhecimento e profissionais especializados para caminhar no mercado financeiro, pois, em meio às oportunidades também existem armadilhas.

“O desafio do investidor inteligente não é encontrar as ações que mais subirão e menos cairão, mas, em vez disso, evitar ser seu próprio pior inimigo, ou seja, comprar na alta apenas porque o Sr. mercado diz “compre” e vender porque o Sr. mercado diz “venda”. Trecho do livro “O Investidor Inteligente”